Saúde

Síndrome de Tourette: O que significa e como gerir?

Redação
publicado há 6 anos
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A síndrome de Tourette é uma perturbação neurológica crónica que se traduz na presença de determinados tiques (simples ou complexos), com início antes dos 18 anos de idade.

Os tiques são movimentos (tiques motores) e vocalizações (tiques vocais) sem sentido e fora do contexto, involuntários, rápidos e recorrentes. A sua frequência e intensidade são variáveis.

Em números

A síndrome de Tourette é três vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres. Estima-se que cerca de um por cento da população sofra deste problema.

Tipos de tiques

  • Piscar repetidamente os olhos
  • Fazer caretas
  • Mover a cabeça de um lado para o outro
  • Tossir, pigarrear, fungar ou cuspir
  • Encolher ou sacudir os ombros
  • Esticar os braços, estalar os dedos, bater palmas ou fazer outros movimentos com os braços e as mãos
  • Chutar, saltar, rodar, torcer-se ou fazer outros movimentos com os pés e as pernas
  • Repetir determinadas palavras
  • Dizer palavrões (coprolalia) ou fazer gestos obscenos
  • Gritar, gemer, assobiar, grunhir ou emitir outros sons

Causas

As causas da síndrome de Tourette não são totalmente conhecidas. Estudos científicos sugerem a existência de uma componente genética e de anomalias em neurotransmissores cerebrais, designadamente na dopamina. Os tiques pioram com situações de stresse e cansaço.

Diagnóstico

Não basta ter um tique para se dizer que tem síndrome de Tourette. O diagnóstico é feito através das manifestações clínicas e da evolução das mesmas. O médico poderá pedir outros exames, como um eletroencefalograma ou uma ressonância, para despistar outras doenças.

Esta síndrome pode confundir-se com outras patologias, como perturbação obsessivo-compulsiva, ansiedade ou perturbação de hiperatividade e défice de atenção. Pode ainda associar-se a problemas de aprendizagem.

Tratamento da Síndrome de Tourette

Cada caso é um caso, no que respeita ao tratamento. Do arsenal terapêutico fazem parte, por exemplo, ansiolíticos, neurolépticos, psicoterapia e estimulação cerebral profunda.

Como gerir

Não existe uma fórmula mágica para lidar com a síndrome de Tourette. Isto aplica-se quer às pessoas afetadas, quer à família. Eis alguns conselhos:

  • Procure a ajuda de especialistas e profissionais com experiência.
  • Informe e envolva os professores e a equipa pedagógica, de forma a diminuir o impacto dos tiques a nível escolar.
  • Os castigos são escusados. Entenda que as crianças não têm culpa dos seus tiques. Podem até conseguir suprimi-los momentaneamente, mas estes acabam por manifestar-se depois com ainda maior intensidade.

Atenção!

Embora esta síndrome não tenha cura, algumas pessoas melhoram significativamente no final da adolescência ou no início da idade adulta (20 a 25 anos), falando-se mesmo em remissão.

Sabia que…

A síndrome de Tourette tem o nome do médico francês Gilles de la Tourette, que a descreveu pela primeira vez em 1885.

Fonte: Site oficial da CUF

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