Bebés/Crianças

Os miúdos precisam saber sobre sexualidade?

Redação
publicado há 6 anos
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Sexualidade na infância: é importante abordar ou não? Há quem ache que falar do assunto a crianças com oito anos é absurdo, mas há que quebrar o tabu. Sofia Serrano, médica ginecologista-obstetra, explica-lhe porquê no seu blogue.

Apesar de serem uma geração com acesso a muita informação em vários meios de comunicação (desde Internet à televisão e revistas), os currículos escolares não trabalham a educação sexual de acordo com o que eles necessitariam, nem os pais se sentem à vontade para explicar e esclarecer dúvidas. Quer na escola, quer em casa, a sexualidade pode e deve ser abordada, adaptada à idade da criança.

Na verdade, muitos de nós vêem a sexualidade como algo tabu. Foi o que nos ensinaram há muitos anos atrás. Muitos ainda pensam assim, e é preciso mudar mentalidades.

Para os mais incrédulos, está demonstrado que a sexualidade faz parte de quem nós somos, contribui para a nossa identidade ao longo da vida e faz parte do nosso equilíbrio físico e psicológico.

Falar de sexualidade não é só falar sobre sexo. É falar sobre emoções, sensações, sentimentos, amor!

E a sexualidade existe desde que nascemos até morrermos.

O bebé recém-nascido tem prazer em cada carícia e com a satisfação das suas necessidades básicas. Um bebé de nove meses descobre o corpo ao manipular os seus órgãos genitais. A partir dos dois anos, a criança auto-classifica-se no que diz respeito à sua identidade sexual – devendo poder fazê-lo sem que os pais forcem a escolha do cor-de-rosa ou do azul, se jogam à bola ou brincam às cozinhas e às bonecas. E tudo isto acontece antes mesmo da chegada da “idade dos porquês”.

A maneira como os nossos filhos vão viver a sua sexualidade vai depender de uma série de fatores: dele próprio, das suas características, da família, do que aprende na escola, dos amigos, do ambiente sociocultural… E é na adolescência que se evidenciam os comportamentos socioafetivos e sexuais.

Mas porque não informar? A informação é poder.

Se uma menina de oito anos tiver conhecimentos sobre o seu aparelho reprodutor, estará mais preparada para as mudanças que aí vêm. saberá que a partir do primeiro período menstrual o seu corpo está apto para uma gravidez. Estará informada e com conhecimentos para, nas várias etapas, viver a sua sexualidade de forma segura, com respeito por si própria e pelos outros.

Texto: Sofia Serrano, médica ginecologista-obstetra
Blogue Café, Canela & Chocolate

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