Não há nada que mais ame no Mundo do que o meu filho. Aproveito cada segundo da melhor forma. Aperto-o, abraço-o, beijo-o, fico a olhar para ele quando está a dormir, deliro com cada novidade, apaixono-me a cada dia… Enfim… Não há palavras que descrevam este clichê.
As minhas amigas e a maioria das mulheres que conheço, largavam a sua vida profissional para ficar com os filhos em casa. Mas eu não! O meu filho é tudo para mim, mas preciso do meu trabalho. Ser mãe é, sem dúvida, a profissão mais recompensadora do Mundo. Ganhamos em amor e isso não se contabiliza. Mas eu, enquanto mulher, enquanto ser humano, preciso de trabalhar. Preciso de sair de casa e de fazer aquilo que também me apaixona.
Sei que muitas mães me podem condenar, mas também sei que há quem me compreenda. Uma mãe não é melhor mãe porque está o dia todo com o filho em casa. Uma mãe não é melhor mãe porque não gosta do seu trabalho. Uma mãe não é melhor mãe se deixa de fazer as coisas que também a apaixonam para além da maternidade.
Sou a melhor mãe que o meu filho poderia ter. Não lhe falta nada! Muito menos o amor. Mas também não quero que me falte nada. E enquanto mulher, preciso do meu trabalho e de me sentir útil no meu meio laboral.
Afinal de contas o que somos? Mulheres antes de sermos mães ou mães antes de sermos mulheres?
Eu sou mãe e mulher. Mas acima de tudo, quero ser feliz! E para isso, preciso muito do meu filho.
Mas também preciso do meu trabalho…
Texto: Beatriz Miranda