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«Descobri a gravidez quando já estava de sete meses!»

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publicado há 6 anos
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Não tinha uma relação séria. Tinha uma «amizade colorida» com um rapaz e íamo-nos divertindo de vez em quando. Fomos inconscientes em não usarmos proteção, é verdade. Com 17 anos, a inconsciência está ao mais alto nível. E nós fomos muito!

Não tive qualquer tipo de sintomas que pudessem revelar uma gravidez. Andava estranha do estômago e não me apetecia comer. Achei que estivesse a ter mais umas crises de intolerância como é hábito em mim.

Não fui ao médico, não. Claro que podia ter evitado tudo o que passei, mas nunca desconfiei de nada, até porque tinha menstruação. Estava estranha. Os ciclos eram muito irregulares e o fluxo divergia. Tanto tinha muito, como tinha pouco. Mas relativizei sempre a questão, porque nunca fui muito regular.

As águas com gás foram as minhas melhores amigas durante aqueles meses. Era uma diarreia e uma indisposição que me inchavam muito a barriga (achava eu que era inchaço)… Mas assim me mantive até ao dia em que tive umas cólicas muito fortes e os meus pais me levaram diretamente para o hospital.

Lá, os médicos conversaram comigo para saber os sintomas que tinha, fizeram-me palpação na barriga e a cara do médico foi um tanto ou quanto estranha. Mandou-me de imediato fazer uma ecografia e a surpresa foi geral… «R., a menina sabe que está à espera de bebé?» O meu mundo desabou. Bebé? Como assim à espera de um bebé? O médico ficou surpreendido com a minha apatia e percebeu, de imediato, que eu não estava mesmo a contar com aquela novidade.

Naquele instante tudo me passou pela cabeça. Comecei a chorar e não queria que chamassem os meus pais. Tinha medo! Confesso que só pensava em querer morrer! Tinha 17 anos, não tinha namorado, apenas um «amigo especial» e dizem-me que estava grávida. Óbvio que o aborto seria a minha opção. Mas tudo mudou!

Os médicos (foram dois, mais uma psicóloga e uma assistente social) estiveram a falar comigo e explicaram que tinha de ficar internada para fazer exames e ver o estado em que o bebé se encontrava. Os meus pais foram chamados e só me lembro de não os olhar nos olhos, de chorar compulsivamente e de lhes pedir desculpa.

Ao contrário de todas as expectativas, eles ficaram calmos. Surpreendidos, mas calmos. A minha mãe abraçou-me. O meu pai ficou quieto, sem reação.

Depois de tantos exames, lá me disseram que a gravidez estava avançada. Tudo indicava que estava de cerca de sete meses, mas o bebé estava pequeno. Fiquei internada uma semana. E depois de ter estado tantos meses com a barriga apertada – pois sempre vesti as minhas calças – eis que subitamente, em apenas sete dias, a minha barriga cresceu como nunca imaginei.

Senti-me grávida apenas um mês e meio. O meu pequeno J. nasceu pouco tempo depois, saudável e lindo! Fui abençoada.

O acompanhamento hospitalar foi maravilhoso e os meus pais foram impecáveis. Estiveram sempre do meu lado. E no que diz respeito ao então «amigo especial»… Foi mais do que isso! Assumiu o bebé e adivinhem só… nove anos depois, estamos felizes… Os quatro! Sim, quatro, porque entretanto já tive uma menina e aí sim, soube bem cedo que estava grávida e tive mil e um sintomas.

A precaução é muito importante! Conversem com os vossos filhos, expliquem-lhes tudo! Boas conversas podem evitar muita coisa que, no meu caso correu bem, mas noutros casos podem não ser assim.

 

Texto: R.B.

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